quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Eisenbahn Golden Strong Ale

Quem ainda não provou uma Eisenbahn, que o faça!
Essa cervejaria fundada por apaixonados por cerveja artesanal em Blumenau, tem as cervejas mais premiadas do Brasil. Você não sabia disso? Pois é, e não são poucos os prêmios que eles têm ao redor do mundo, inclusive de festivais alemães, país da cerva!

Vamos falar da Golden Strong Ale, cerveja que provei em um restaurante de comida alemã aqui no Rio de Janeiro, o Otto, na Tijuca.

É uma cerveja dourada, como diz o nome, quase indo ao bronze na coloração. Tem um aroma fenomenal. Frutas vão evaporando do copo e alcançando seu nariz sem precisar tê-lo dentro do copo. Na boca, se mostra uma cerveja potente e com personalidade. O malte meio torrado e o lúpulo sobressai. Sentira as frutas ao espalhar o líquido pela boca antes de engolir e um gostoso amargor de cerveja quando o fizer.

Por ser uma cerveja forte, é aconselhável bebê-la com comidas de alguma personalidade também, caso contrário, ela poderá matar o gosto da comida.
Eu a apreciei com um suculento filé de javali.

Seu teor alcoólico é de 8,5% e por isso, dá uma esquentada à medida que a tomamos.

Ah, não poderia esquecer, a Golden Strong Ale já foi eleita a Escolha do Editor da revista inglesa especializada em cerveja Beers of the World.

Saúde!

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Cerve Já: Bavária Premium

Cerve Já: Bavária Premium: "Já que falamos das cervejas premium e super premium no post anterior, vamos falar de uma cerveja que está nessa categoria. A Bavária Pre..."

Bavária Premium




Já que falamos das cervejas premium e super premium no post anterior, vamos falar de uma cerveja que está nessa categoria.

A Bavária Premium é uma cerveja que é produzida desde 1877 (gostaria de saber se era designada "premium" desde sempre ou passou a ser "premium" quando passou a usar os tais cereais não maltados em sua fórmula que, no caso, deu origem à Bavária Clássica - inversão de valores?) e puro malte segundo informações de seu rótulo.

De fato, possui sabor mais agradável que sua irmã "clássica" e parece mais bem produzida. Com aroma lupulado e leve amargor na boca, é uma opção interessante para o dia a dia, uma vez que seu preço não é exorbitante, R$ 1,29 no Mundial, onde comprei.

É uma cerveja que luta pelo mesmo lugar ao sol que Bohêmia. A primeira é da Femsa (leia-se Heineken), a segunda é da Ambev (a poderosa).

Qual a melhor?

São cervejas, de fato, do mesmo patamar custo x benefício. A Bavária Premium me lembra um pouco a Gold, também da Femsa e um pouco mais bem trabalhada que essas duas, na minha opinião.

A Bohêmia tem um malte mais aparente.

Vai do gosto do cliente. Digo mais, vai do gosto do momento. O importante é, não sejam fechados. Um dia podemos querer uma coisa e, logo depois, outra.

É uma cerveja interessante e acessível.
Aliás, diz no rótulo, "obra-prima do mestre cervejeiro". Eu aposto que o Mestre pode se empenhar um pouco mais.

domingo, 31 de outubro de 2010

Cervejas premium já representam de 4% a 5% do mercado



Em reportagem de hoje na Folha de São Paulo online, foi anunciado que o mercado nacional de cervejas premium está em plena expansão.

No mercado, você já deve ter notado a guerra das cervejarias e como baixou o preço de cervejas como a Bohemia, Stella Artois, Heineken, Devassa (as antigas). Bem como a aparição de cervejas novas ditas super premium como a Colorado, Therezopolis, Paulista, etc.

Pois é, tudo isso é fruto desse mercado que está embalando de vez. O Brasileiro tá afinzão de experimentar coisa nova e... boa.

O salário aumentou, muita gente ascendeu da classe D para C e isso permitiu alguns luxos. Quem não pode viajar, talvez possa pelo menos, beber uma cerveja melhor.

Para quem quiser ler a reportagem na íntegra: http://www1.folha.uol.com.br/mercado/823142-em-alta-cerveja-premium-fatura-r-300-mi-setor-ja-representa-4-a-5-do-mercado.shtml




sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Cerveja Ravache Gold [Pilsen/Lager]


A Ravache Gold é um produto da cervejaria Guitts que, segundo seu rótulo e uma simpática etiqueta em forma de tulipa anexada à garrafa, é produzida conforme a lei de pureza alemã de 1516. Também diz ser elaborada com a água da Serra dos Cristais, maltes importados e lúpulos aromaticos.
Vamos combinar, cerveja não é um produto caro no apanhado geral e se traz essa indicação de lei de pureza, ou seja, água, malte e lúpulo somente, então vale à pena provar.

Sua garrafa de R$600ml custou R$3,99 no Mundial aqui no Rio e eu resolvi dar uma chance a essa cervejaria.

Por que dar uma chance.

Uma vez provei a Guitts normal. Putz, sem sacanagem, foi a pior cerveja que já coloquei na boca! Ela não precisava ser engolida para sentir seu aroma e gosto de plástico queimado! Ainda bem que foi só uma latinha e jogar seu conteúdo pelo ralo da pia não seria um desperdício de dinheiro. Só temi pelo ralo!

Mas vamos lá porque estamos falando da Ravache Gold.

Na taça apresentou-se como um líquido dourado vigoroso e com espuma abundante de média carbonatação. (esse parêntese é uma edição: na segunda vez que a derramei na taça, a espuma mostrou-se mais cremosa e com bolhas menores, pode ter sido, portanto, o sabão que levei o copo que deu aquele primeiro resultado. No entanto, continua indo embora rapidamente)
 Porém, não duradoura como a média carbonatação poderia supor. Detalhe que em sua embalagem é descrita como "espuma superior".
Seu aroma é claramente de malte e alguma coisa do lúpulo. Agradável.
Seu gosto é maltado no início e com lúpulo amargando no retrogosto. Em princípio fiquei bastante apreensivo se esse amargor não era o tal plástico queimado "aromático" da Guitts, mas não. É algo da cerveja mesmo. Acho que tentou-se algum equilíbrio entre malte e lúpulo para que os dois pudessem sobressair. Enfim, algo que cada um perceberá de uma maneira.

Vejo muitas pessoas recusando-a por ser uma cerveja que, entre um gole e outro, deixa um certo amargor na boca, mas a mim não incomodou muito.

Por R$3,99 a garrafa de 600ml, dá pra tomá-la de vez em quando, enquanto alguma outra melhor não estiver em promoção.

domingo, 15 de agosto de 2010

"Stellão" para os íntimos!!

A Ambev mandou pro mercado uma nova embalagem de Stella Artois, a cerveja belga mais consumida no mundo - são 985ml!!

Sabemos que a Stella não é a melhor belga do mundo, mas é algo bem mais interessante do que as cervejas da própria Ambev, portanto, vale à pena. Comprei aqui no Rio por R$ 4,98 no supermercado Mundial.

Estou também sabendo que em um primeiro momento essa nova ver~soa só está à venda no Rio, SP e Porto Alegre. Em breve teremos no resto do país.

Só para efeito de comparação de custo x benefício, a embalagem de 600ml de Heineken costuma ser vendida entre R$3,60 a R$6,00 em mercados por aqui.

Já deu para perceber que isso é efeito da briga entre cervejarias e quem está lucrando com isso, somos nós.

Saúde, meu povo e vamos tomar uma!

sábado, 26 de junho de 2010

Cerveja Venezuelana? Polar Light - "Cerveza Ligera"


Consegui umas cervejas da Venezuela!! Agora vejam o que é a globalização!
Pois bem, vamos ver o que os amigos de lá andam tomando, né?!
A Polar parece ser o que aqui a gente tem às pencas, cerveja de alto consumo. Seu slogan já deixa bem claro, "cerveza ligera".
Só por isso não estava esperando muita coisa.
E ainda bem, a Polar venezuelana é uma cerveja com pouquíssimo aroma e sabor. É difícil saber se falta mais malte ou mais lúpulo e é fácil constatar que faltam os dois.
"Mas é refrescante?", perguntariam alguns. É, mas água gelada é bem mais!

Ela pelo menos não apresentou nessas duas latas que tomei cheiro de ovo podre e nem de metal. Já sai por isso na frente de muitas nacionais. Mas convenhamos, o que nivela por baixo é Copa do Mundo. A gente pode querer uma cervejinha melhor.

Posso apostar que na Venezuela tem cerveja melhor.

Abraços.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Kaiser Bock, por onde andas?

Friozinho batendo na janela, aquele estereótipo batendo na mente> Frio = vinho. Não necessáriamente. Existem uma gama enorme de possibilidades de cerveja para o frio. Todas bebem-se geladas, mas o corpo de cada uma delas dá sensação diferente quando bebemos.
Aqui no Brasil, já temos algumas opções bem interessantes. Mas não será agora que eu despejarei nosso menu de variedades para escolhermos uma.

Quero simplesmente saber por onde anda a Kaiser Bock.
Cerveja surgida por aqui (pelo menos no RJ) lá pelo início da década de 90 com propaganda "invernal" (perdão pelo trocadilho) e que de repente minguou. Em SP a Kaiser tem uma entrada mais fácil com sua pilsen e pode ser que seja mais fácil achá-la em suas variedades por lá. Convenhamos que a pilsen da Kaiser está abaixo do esperado para qualquer cerveja assim como estão a Brahma (cerveja oficial da Copa!!), Antártica e Skol. Mas a realidade seja dita, sua bock era muitíssimo interessante. O lance é que o nome KAISER já afasta nossos melhores bebedores propagandistas. Repito mil vezes: BEBEMOS PROPAGANDA!!!! Se travestirem uma Kaiser Bock de Antártica Bock, geral vai se amarrar!

Aqui no Rio, só a encontramos para venda em varejo. Um barzinho, uma padaria, uma vendinha. Não encontro mais uma caixa disponível no mercado. Alguém viu? Me diga onde.

Malte medianamente tostado, coloração avermelhada, aroma de malte evidente e uma espuma maravilhosamente cremosa e intensa. De fato, uma bela cerveja.

Garçom, desce outra por favor!!

domingo, 2 de maio de 2010

A Bavária e sua fama em testes cegos

Salve amigos,
hoje vamos falar um pouco sobre essa cerveja de massa da FEMSA (Heineken agora pelas entrelinhas) que tem a seu favor um dado no mínimo curioso: É uma campeã, digamos assim, em testes cegos realizados com as marcas de massa.
Para nossa compreensão aqui, marca de massa são cervejas baratas, produzidas com os tais "cereais não maltados", blá blá blá. Ou seja, não são premium e nem puro malte, ok?

Em testes cegos realizados pelo excelente site Brejas para essa categoria de cervejas a colocam sempre nos primeiros lugares. A Bavária, ou Bavária Clássica agora, desbanca cervejas mais famosas como a Skol, Antáritca e Brahma (In Ambev), todas elas com maiores investimentos que as lourinhas da FEMSA. No entanto, seu marketing a deixa atrás de marcas mais $$$famosas$$$ e consequentemente sua popularidade cai bastante.
Há o mito também de que essa cerveja dá mais dor de cabeça do que aquela. Isso ocorre inclusive entre as cervejas Ambev, quando um pouquinho mais de acurácia deixaria nítido que, o que causa mais ou menos dor de cabeça é a quantidade de álcool que se ingere sem a reposição de água no organismo. Outro mito, já batido é a questão da água. Qualquer pessoa com um pouquinho mais de informação também já há de saber que só existe uma única cerveja no mundo que utiliza-se da água em estado natural para sua fabricação, o restante das cervejarias tratam suas águas e esse processo já é acessível às grandes cervejarias. (A saber, essa cervejaria que não trata a água é uma belga ou tcheca, sei lá, esqueci. Enfim, não é no Brasil).

Não há de minha parte uma defesa exclusiva dessa ou daquela cerveja, mas um questionamento acerca da qualidade de cervejas mais presentes na mídia. O marketing serve para isso, fazer um produto aparecer. Mas não necessariamente mostra o que há de melhor e as cervejas artesanais estão aí exatamente para isso, não têm propaganda alguma e sabemos que são infinitamente melhores que as cervejas de massa.

Portanto, deem uma chance às suas dúvidas, dispam-se de certas certezas e procurem vocês mesmos fazerem seus testes cegos e deixar que suas bocas escolham suas cervejas, e não somente seus olhos.

A Bavária possui coloração um pouco mais escura que as demais, na temperatura correta de serviço de cervejas pilsen, não exala cheiro metálico nem de sulfatos e há um levíssimo toque frutado (bem leve, esse é o problema). É uma cerveja também produzida com milhos e arroz e sabe-se lá mais o quê, como qualquer outra de massa. Sua graduação alcoólica é 4,6% e se enquadra nas tipo american lager (pilsen).
Seu preço: R$ 0,79 no Extra (RJ).

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Para "cervejar".

O Cerve Já está atualizando seus conteúdos e divulgando os blogs e sites da galera cervejeira no Brasil. Artesanal, claro!
Outros links interessantes são os de onde comprar insumos e equipamentos para "cervejar" em casa.


Quem quiser ajudar esse ordinário blogueiro que vos escreve a provar algumas cervejinhas artesanais, só falar. A gente já coloca a opinião da sua cerva aqui mesmo.

Grande abraço!

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Queijos e cerveja!

Olá pessoal,

o colega do blog Gastrolândia fez uma postagem pra lá de interessante. Além de queijos e vinhos, agora temos tb queijos e cervejas. Não pensem que é algum gaiato que está querendo inventar moda, pelo contrário, a ideia foi passada por "Garrett Oliver, um dos maiores expert em cervejas do mundo e mestre-cervejeiro da Brooklyn Brewery, que começa a ser vendida no Brasil através da importadora BrazilWays.", diz a reportagem.


Vou manter o post do Gastrolândia para não tirar deles o mérito da matéria, mas posto aqui as harmonizações para que fique nos arquivos do Cerve Já para consulta e para ampliar a divulgação dessa tendência que já é sucesso lá fora.



PEQUENO GUIA DE HARMONIZAÇÃO DE CERVEJA E QUEIJOS
1. Como rega geral, harmonize:
* cervejas delicadas e leves com queijos idem
* cervejas maltadas com nozes e queijos maturados.
* cervejas amargas com queijos salgados
* cervejas mais doces e fortes com queijos azuis
2. Use sempre pães ou torradas “puros”, sem sabor ou ervas, para não alterar a percepção da combinação queijo/cerveja
3. Queijos em saladas de folhas vão bem com…India Pale Ale 
4. Feta, queijo de cabra e mussarela frescas vão bem com… (weiss)
5. Mascarpone, queijos cremosos de vaca vão bem com… Lambic de fruta6. Muenster, Havarti e Monterey Jack vão bem com… Pilsners
7. Queijos maturados de ovelha e Cheddar vão bem com… Brown Ales
8. RoquefortStilton vão bem com… belga forte (trapista)9. GruyèreEmmental Suíço vão bem com… Bock Beer, Lagers escura
10. Parmesão, Pecorino Romano vão bem com… Pale Ales Ales e Amber Ale
11. Gouda, Gruyère maturadoChimay vão bem com… Stout


Reportagem original: http://gastrolandia.uol.com.br/consumo/esqueca-o-velho-queijo-e-vinho-o-negocio-e-queijo-e-cerveja/

Não deixem de acessar. Há vídeos com o mestre-cervejeiro e mais!

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Funcionários da Carlsberg fazem greve por proibição de beber cerveja no trabalho (O Globo)

Fonte: O Globo online


Centenas de funcionários da fábrica da Carlsberg na Dinamarca entraram em greve por causa da proibição de beber cerveja na hora do trabalho e restringiu a cerveja à hora do almoço. Antes, existiam geladeiras com garrafas de cervejas espalhadas pela fábrica. A Carlsberg - quarta maior empresa de cerveja do mundo - vinha estudando uma nova política de álcool há anos e instituiu as novas regras no dia 1º de abril.
- Havia cerveja, água e refrigerante de graça em todos os lugares. Mas as cervejas foram removidas da geladeira. O único lugar em que poderão beber cerveja agora é na cantina, na hora do almoço - disse o porta-voz da Carlsberg, Jens Bekke, acrescentando que a única proibição antes é que os funcionários não poderiam estar bêbados.
- Cabia a cada um ser responsável - afirmou.
De acordo com o porta-voz, 800 funcionários não trabalharam na quarta-feira e 250 na quinta-feira. Os motoristas da Carlsberg aderiram à greve em apoio aos funcionários da fábrica, ainda que, pelas novas regras, continuem a ter direito a retirar três garrafas de cerveja da cantina. Segundo o porta-voz, existe um cadeado na ignição dos caminhões que impede que os motoristas dirijam embriagados.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Devassa bem loura - presta? Nossa opinião.

Olá pessoal.

Vamos falar da cerveja do carnaval? (post publicado no site www.soudavila.com em fev/2010)
Na folia de Momo desse ano, tentaram seduzir-nos com mais uma loura. Com muita sensualidade, a Devassa bem loura chegou querendo roubar todas as atenções. A Devassa foi uma cervejaria independente criada por dois carinhas daqui do Rio que gostam de aventuras empresariais. Nasceu com toda pompa de cerveja artesanal, de fato conseguiu enveredar por esse caminho e produziu exemplares interessantes. A cervejaria Schincariol a comprou e a integrou ao seu portifólio. Mas é aquela coisa, né? A Nova Schin não entra de jeito nenhum no gosto popular, nem trocando rótulo, fórmula ou jargão de cervejão. A jogada foi de marketing mesmo. Emplacar uma cerva popular é preciso e nenhum momento seria mais favorável que o carnaval, com calorzão e um monte de mulherão. Na festa profana, nada mais “adequado” que uma cerveja Devassa.
Mas vamos ao que interessa. Presta?
Queridos amigos, é uma cerveja popular, barata e tão sem gosto como qualquer outra que já tínhamos. A bem loura é bem ruim também. Experimente. Faça o seguinte teste, compre uma long neck de Devassa Loura (do rótulo amarelo) e uma latinha de Devassa bem loura. Tire suas conclusões. A minha opinião?

Se quiser uma loura de verdade, prefira a natural e devasse o coração das “industrializadas”.

Abraços,

Imfernandes

Brevíssima história da cerveja

Há cerca de 10 mil anos, o homem antigo descobriu, por acaso, o processo de fermentação, no que surgiram, em pequena escala, as primeiras bebidas alcoólicas. Mais tarde, a cerveja era produzida inicialmente pelos padeiros, devido a natureza dos ingredientes que utilizavam: leveduras e grãos de cereais. A cevada era deixada de molho até germinar e, então, moída grosseiramente, moldada em bolos aos quais se adicionava a levedura. Os bolos, após parcialmente assados e desfeitos, eram colocados em jarras com água e deixados fermentar.

Há evidências de que a prática da cervejaria originou-se na região da Mesopotâmia onde a cevada cresce em estado selvagem. Os primeiros registros de fabricação de cerveja têm aproximadamente 6 mil anos e remetem aos Sumérios, povo mesopotâmico. A primeira cerveja produzida foi, provavelmente, um acidente. Documentos históricos mostram que em 2100 a.C. os sumérios alegravam-se com uma bebida fermentada, obtida de cereais. Na Suméria, cerca de 40% da produção dos cereais destinavam-se às cervejarias chamadas "casas de cerveja", mantida por mulheres. Os egípcios logo aprenderam a arte de fabricar cerveja e carregaram a tradição no milênio seguinte, agregando o líquido à sua dieta diária.
A cerveja produzida naquela época era bem diferente da de hoje em dia. Era escura, forte e muitas vezes substituía a água, sujeita a todos os tipos de contaminação, causando diversas doenças à população. Mas a base do produto, a cevada fermentada, era a mesma.
A expansão definitiva da cerveja se deu com o Império Romano, que se encarregou de levá-la para todos os cantos onde ainda não era conhecida. Júlio César era um grande admirador da cerveja e, em 49 a.C., depois de cruzar o Rubicão, ele deu uma grande festa a seus comandantes, na qual a principal bebida era a cerveja. A César também é atribuída a introdução de cerveja entre os britânicos, pois quando ele chegou à Britânia, esse povo apenas bebia leite e licor de mel. Através dos romanos a cerveja também chegou à Gália, hoje a França.
E foi aí que a bebida definitivamente ganhou seu nome latino pelo qual conhecemos hoje. Os gauleses denominavam essa bebida de cevada fermentada de “cerevisia” ou “cervisia” em homenagem a Ceres, deusa da agricultura e da fertilidade.
Na Idade Média, os conventos assumiram a fabricação da cerveja que, até então, era uma atividade familiar, como cozer o pão ou fiar o linho. Pouco a pouco, à medida que cresciam os aglomerados populacionais e que se libertavam os servos, entre os séculos VII e IX, começaram a surgir artesãos cervejeiros, trabalhando principalmente para grandes senhores e para abadias e mosteiros. O monopólio da fabricação da cerveja até por volta do século XI continuou com os conventos que desempenhavam relevante papel social e cultural, acolhendo os peregrinos de outras regiões. Por isso, todo monastério dispunha de um albergue e de uma cervejaria. Os monges por serem os únicos que reproduziam os manuscritos da época, puderam conservar e aperfeiçoar a técnica de fabricação da cerveja.
Com o aumento do consumo da bebida, os artesãos das cidades começaram também a produzir cerveja, o que levou os poderes de públicos a se preocupar com o hábito de se beber cerveja. As tabernas ou cervejarias eram locais onde se discutiam assuntos importantes e muitos negócios concluíam-se entre um gole e outro de cerveja. A partir do séc. XII pequenas fábricas foram surgindo nas cidades européias e com uma técnica mais aperfeiçoada, os cervejeiros já sabiam que a água tinha um papel determinante na qualidade da cerveja. Assim a escolha da localização da fábrica era feita em função da proximidade de fontes de água muito boa.
Com a posterior invenção de instrumentos científicos (termômetros e outros), bem como o aperfeiçoamento de novas técnicas de produção, o que bebemos hoje é uma agregação de todas as descobertas que possibilitaram o aprimoramento deste nobre líquido.

Fonte: Site Brejas

Então pessoal, não dava para ficar na alienação e não saber de onde vem a nossa refrescante bebida, não é mesmo?
Uma coisa que não é mencionada nesse texto é o lúpulo. Ingrediente hoje presente na maioria das cervejas do mundo em maior ou menor grau, essa plantinha trepadeira tem uma imensa gama de sub-tipos e este altera o gosto da bebida. Mas o lúpulo não entra na história da cerveja para dar gosto ou aroma, a planta era utilizada para a conservação da bebida em grandes viagens, pois ela tem poder conservante. No entanto, foi-se descobrindo que havia muito mais do que um conservante envolvido naquele processo e há hoje em dia cerveja (e cervejeiros) super lupulados!! Um tipo de cerveja que se tornou bastante famosa são as Indian Pale Ale (IPA), durante as viagens britânicas de colonização da índia, não haviam geladeiras e frigobares e precisava-se conservar a bebida. Como a viagem era longa, precisava-se de mais lúpulo que o usual. Nascia aí um tipo de cerveja muito apreciada ao redor do mundo.

Cerveja também é cultura!!

Saúde amigos!

Imfernandes

Skol - Desce redondo?

Olá pessoal.
Primeiramente um 2010 de muitas alegrias e paz para todos aqui e que possamos brindar com mais frequência a harmonia do mundo.

O primeiro post do ano vai para a cerveja mais popular (?) do país - a Skol.
Você conhece a história dessa cerveja? O que acha dela? - Nos escreva.

Curiosamente, a Skol não é originalmente uma cerveja brasileira. Ela foi lançada em 1964 na Europa pela dinamarquesa Carlsberg (Aquela que estampa seu patrocínio nas camisas do Liverpool) e chegou ao Brasil em 1967 pela cervejaria Rio Claro, que adquiriu seus direitos por aqui. A Skol obteve grandes resultados lá fora, ficou famosa e caiu no gosto popular
Não demorou muito e a cervejaria carioca Brahma adquiriu a marca para uso no país.

A Skol sempre foi uma cerveja de vanguarda no que diz respeito a marketing e embalagens. A partir da década de 70 começou a revolucionar o mercado brasileiro de cerveja com o lançamento da primeira lata em folha de flandres (1971); a primeira lata em alumínio (1989), permitindo a conservação da cerveja gelada por muito mais tempo; a embalagem long neck com tampa de rosca e a de lata de 500ml (conhecida como latão da SKOL) em 1993; a nova versão da embalagem long neck de 355ml, dentro do padrão internacional para embalagens descartáveis, em 1996; e a primeira lata com boca redonda em 1997. 
Isso sem falar nos inúmeros festivais de música associados a marca.

E você sabe o que significa "Skol"?
Na língua sueca, Skol (escreve-se skål) significa “à sua saúde”, expressão que muita gente usa antes de fazer um brinde.

Mas e aí, só isso faz dela uma super cerveja? 
Depende do ponto de vista. Se for o do marketing, não tenho  dúvidas. Ainda mais que a marca agora é da Inbev, a maior cervejaria do mundo fruto da união da já gigante AmBev com a Interbrew belga.
Porém, em termos de sabor não é bem assim. A minha opinião (e é somente MINHA - ainda que muitos possam compartilhar) é que falta sabor de cerveja nesse líquido. Sua coloração é muito clara, o que é comum nas cervejas muito leves, seu cheiro é metalizado - principalmente quando está na temperatura ideal para apreciação de cervejas, que não é estupidamente gelada - e na boca tem muito, muito pouco gosto de malte, lúpulo ou qualquer outro componente da cerveja que não a água. A Skol não é uma aberração do mundo, é uma tendência que, infelizmente, domina o mundo. Estamos cada vez mais bebendo cervejas piores. A Skol é designada na AmBev (soube de um funcionário de lá) como cerveja de preço, ou seja, importa é seu preço baixo e não exatamente sua qualidade. Assim também são designadas a Brahma e a Antártica. Mas tome Budweiser (EUA), Quilmes (ARG), Dos Equis XX (MEX), etc e terá a mesma sensação - há muito pouco de Cerveja (com "C" maiúsculo) nessas marcas. Cerveja para ficar doidão e não para sentir prazer com seus aromas e gosto. 

A Skol ainda hoje é comercializada lá fora e continua a mesma.
Skol em uma prateleira autríaca. 

Meta o nariz só onde é chamado - O nariz e os aromas

Amigos, hoje precisamos questionar alguns padrões. Não raro, quando queremos tomar uma cerveja decente, bem elaborada, com aromas e sabores, chega aquele nosso amigo machão já mandando o “Dudu Nobre” (Ah, pára de frescura!). Pois é, aquela história, vinho é coisa de fresco. Enfia o nariz no copo, inspira, sente o aroma, coloca na boca, bochecha, engole e ainda diz que está analisando o retrogosto (Putz, quanta viadagem!). Mas e o que falar da cerveja? (Cerveja é coisa de macho, “mérmão”!)
Vivemos hoje numa época em que o nariz é um órgão desprezível. Usamo-o mais como peça de decoração do que por sua função, identificar cheiros. Era assim quando éramos só animais “irracionais”. (Ih, que papo é esse...) Mas usar o nariz atualmente para tal instintiva função virou algo quase inconcebível! Não estamos falando só de bebidas. Leve seu amigo machão para uma loja de perfumes, ambiente sabe-se lá porque reconhecidamente feminino, como se não vendessem fragâncias masculinas ali, e provavelmente ele não se sentirá à vontade cheirando fitinhas de papel para identificar que cheiro mais o atrai. (Me atrai é cheiro de calcinha, morou?) Identificar notas (é música essa porra?), aromas diferentes em uma mesma porção, etc. não é obviamente o papel do macho. (É isso aí, agora tô sentindo firmeza, mano!)
O que você sente quando cheira um copo de cerveja? (Cheiro de cerveja.) É a resposta mais comum mesmo. E consumir a cerva estupidamente gelada serve para que não possamos sentir mesmo aroma algum mesmo, caso contrário, o cheiro de ovo metalizado poderia te afastar da bebida. Claro, estamos falando daquela cerveja de massa. Não é questão de elitismo e sim de economia. Tem muita gente preocupada em beber muito ao invés de beber bem. O lance é ficar doidão, não tomar cerveja. Para essas pessoas o nariz talvez não sirva nem para respirar caso não incomode ficar de boca aberta. (Ih, qual é mano, tá me tirando?)
Nariz bom, pelo menos para os “antigos”, é nariz sensível a maior variedade de cheiros. Era assim que o homem da antiguidade podia prever algumas coisas. Com a evolução, o olfato foi deixando de ser um sentido essencial. Não precisamos mais do cheiro de chuva para saber que vai chover, pois temos meteorologistas, tampouco precisamos nos preocupar com o cheiro da comida podre, pois nossos institutos de vigilância sanitária são infalíveis(ou não?). Para os cheiros do perigo como algo queimando, gás vazando etc, já temos sensores que tornam nossos narizes preguiçosos. Então, não é de se admirar que quando você inale um copo de cerveja não sinta absolutamente nada, mesmo que a cerveja seja boa! (Que papo de maluco. “Nós viemos aqui para beber ou para conversar?” hehehe – comercial antigão da Kaiser) A sensibilidade é pré-requisito básico para quem quer usufruir da qualidade em detrimento da quantidade, e detalhe, EM QUALQUER INSTÂNCIA. (Ãhn... o que é instância?) (Só sei do seguinte, essa letra de sensibilidade é coisa de boiola). Funciona mais ou menos assim, você numa mesa de bar com seus amigos machões defendendo que jogador bom mesmo é o Souza do timão, o El Loco do Botafogo e o Obina do galo (Todo mundo sabe que Obina é melhor que o Eto'o!) e que Zico, Pelé, Dinamite, Sócrates e Nilton Santos, jogadores de toque refinado e extrema sensibilidade no jogo (Ah!!!! No jogo!!!), são desnecessários ao bom futebol. Soa ridículo? (Bagarai...)
No dia que o nariz voltar para a sua função original, repito, sentir cheiros, vamos passar a dar mais valor para a qualidade. Claro, isso se seu negócio for beber uma boa cerveja, ou vinho, ou até mesmo cachaça. Já se for ficar doidão... bom... de repente podemos discutir os aromas de um sonrisal. (Pô, brother, me emocionei, tô até fungando... dá licença que vô pegar um lenço.)

Abraços!

Imfernandes