domingo, 9 de novembro de 2014

Bad Moose Pilsen

Bad Moose Pilsen é uma cerveja lager de bonita apresentação. Rótulo bonito, no copo ela é de um dourado fechado e espuma de média cremosidade. Na garrafa está escrito "+ Malte" e isso me animou pois, particularmente, prefiro as mais maltadas. De fato está lá o gosto pronunciado do malte, o que pegou é que é de baixa persistência. Poderia ter o lúpulo mais aparente. O início do gole é fantástico, mas em 5 segundos ela se assemelha a qualquer cerveja.
Ela é pura: água, malte, extrato de malte e lúpulo. Ponto para as artesanais de novo, mas o preço poderia ser mais em conta. A garrafa de 600 ml foi R$ 11,00.

Vale à pena experimentar, mas para o cotidiano, por conta de seu preço, acaba ficando de fora. A Sulamericana da cervejaria Sankt Gallen faz bonito por muito menos (R$8,90 o litrão).

Só para constar, a cerveja é de Curitiba - PR.


quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Therezópolis Or Blanc

Há muito já se diz que descobrir a fórmula da Coca-Cola não é mais o problema com tanta tecnologia disponível. A questão é empreender um monte de dinheiro nisso e não poder usar, pois essa obviamente já é patenteada.
E é pensando nisso que vamos falar dessa nova witbier da cervejaria Sankt Gallen, a Therezópolis Or Blanc.

A linha Therezópolis já ronda nossos mercados há algum tempo. Há muito tomo a Gold, a lager (ou pilsen) da família com muito gosto. Com preço interessante e bons ingredientes, a Therezópolis é figura fácil e bem vinda aqui em casa.

No fim de semana passado, passando por um mercado carioca avistei a mais nova integrante do acervo, a Or Blanc. Uma witbier condimentada com cascas de laranja e sementes de coentro. Já ouviu isso em algum lugar?
Pois é. Uma das cervejas mais imitadas (sem demérito algum nisso) pelos cervejeiros artesanais do Brasil, a Hoegaarden serve aqui também de inspiração e assim temos mais uma oportunidade de aproximarmo-nos desse sabor.
Minhas impressões iniciais dão conta de que a empreitada é bem sucedida se você quiser tomar a Or Blanc. Se for para abrir essa garrafa pensando na Hoegaarden, seja mais esperto e compre uma Hoegaarden. As notas cítricas aparecem bem ao paladar bem como seu final de semente de coentro. É leve, alva e turva como deve ser.
A comparação que farei com a original não é para desmerecê-la, pelo contrário, ainda bem que poderei fazê-la.
A Hoegaarden tem aroma mais pronunciado e ficou-me a impressão de ter notas cítricas mais vivas.
Vale pontuar também que a original é levemente menos carbonatada.
Entretanto, o "ouro branco" da Therezópolis custa R$ 8,49 a garrafa de 600ml, preço da long neck da holandesa.
Ficamos amigos e ela virá me visitar frequentemente.

Saúde!!






terça-feira, 22 de abril de 2014

Germânia 55 - Linda lata!

E aí galera do chopp!
Esta há um tempo sumido e bateu saudade de vcs. Resolvi falar dessa gigante. Envasada em uma lata de 710ml em acabamento fosco, ela marca presença em prateleiras de supermercado. Seu preço é convidativo, custa o mesmo que duas latas de 350ml de qualquer outra cerveja comum, ou seja, fica ali em torno de R$ 4,00. 
Valia a pena experimentar, claro!
Então, essa cerveja não é tão gostosa quanto seu visual. Na verdade, um malte sobressai de maneira meio maqueada. Lembra a Itaipava demais. Se vc gosta dessa, pode beber aquela. Em sua composição lá estão os tais cereais não malteados que, vc já aprendeu, é MILHO!!! Quer beber milho, vc ganhou mais uma cerveja para isso.

Sinceramente, não é uma cerveja que eu compraria de novo sem que me convençam de que a fórmula mudou.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Caracu

A cerveja de hoje é fácil. Quem nunca topou com esse touro pela frente e suas receitas, não esteve no Brasil.
A Caracu é uma das mais antigas cervejas do país e outra que em dado momento foi encorporada pela Ambev.
Lançada em 1899 (!!) foi a primeira cerveja tipo Stout da América Latina.
Desde 1996 vem passando por renovação de sua marca na mídia. Apesar de ser achada em qualquer rincão do país, não é costume, pelo menos aqui no Rio de Janeiro, acharmos um bar onde tenha mais de uma pessoa bebendo-a.
Ouvia-se muito que era bom para mães de recém-nascidos tomar Caracu porque ajudaria na produção de leite. Isso já foi posto abaixo. No entanto, receitas culinárias com Caracu são bem comuns e a própria marca vai oficializar em breve as mesas e incentivá-las através da distribuição de folhetos.

Ela é uma Sweet Stout, uma variação mais adocicada do tipo. Super escura, como toda stout deve ser, e mantendo a marca da torrefação do malte peculiar também do estilo, Caracu é uma boa pedida quando estamos em meio aos líquidos mais comerciais do Brasil que ousam chamar-se por cerveja.
Não é a melhor das stouts e não é puro malte, uma vez que é elaborada com milho ou arroz em sua composição. Mas é uma cerveja interessante.
Cheiro forte de malte torrado e doce, café ao fundo. Aparência da espuma é volumosa, marrom e densa, mas não persiste tanto no copo. Média carbonatação. Na boca vai do doce ao amargo do malte torrado rapidamente. Sua graduação alcoólica é de 5,4%. Boa para o inverno.
De fato, se não gosta de cerveja escura, mas quer aprender a tomá-la, não inicie por essa ou por nenhuma outra stout. Prefira uma lager estilo dunkel.

sábado, 18 de junho de 2011

Chope Bamberg Helles



Pessoal, hoje tomei um excelente chope. O Bamberg Helles está sendo vendido no Boteco Colarinho em Botafogo - RJ. Tenho que fazer a propaganda mesmo sem ganhar nada por isso, aparentemente. Na verdade, a cidade ganha quando aposta na diversidade. Não aguento mais ver somente chope da Brahma e Itaipava pela cidade como se só existissem esses.

O chope Bamberg Helles me lembrou o que chamamos de cerveja. Seu gosto é tudo que o bom bebedor espera do gosto da cerveja clássica. Bom aroma de malte, refrescante, leve amargor na boca e persistência. Após tirar minhas conclusões, achei o blog da bamberg e lá estava escrito que as Helles são as cervejas mais técnicas e que talvez tenham sido as primeiras lagers, antes mesmo das pilsen, o tipo preferido de lager do brasileiro.
Estava tudo então explicado. Aquela era a cerveja ideal. Minha ideia do que é esse líquido passa pelo didatismo de Bamberg Helles, a cerveja sem conservantes (chope).

sábado, 7 de maio de 2011

Leffe Brune [Belga]


Hoje vamos falar de #cervejadeverdade, aproveitando que ontem foi o dia do movimento cervejeiro no twitter. Falo da Leffe entre outras razões porque hoje em dia a achamos facilmente em mercado, pelo menos aqui no Rio de Janeiro. O motivo disso é pelo fato dela ser importada pela Ambev.

A Leffe é uma cerveja de abadia, ou seja produzida (pelo menos foi durante muito tempo) por monges. Fundada em 1240 (!!!), leva portanto, o nome da Abadia de Leffe.
É produzida até hoje com a MESMA RECEITA! E é a cerveja tipo abadia mais consumida no mundo. Não há filtragens a - 2°, não há efeito "baiacu" como querem inventar agora, não há palhaçada alguma. A única coisa que há é malte, água e lúpulo. Essa é a receita que desde o século XIII está fazendo sucesso. O Brasil ainda era só dos índios nessa época, minha gente! Faz tempo, hein?!

A Leffe Brune tem um visual fantástico no copo. Sua espuma densa não dissipa com facilidade. Há um tom marrom caramelado levemente puxado ao vermelho escuro lindo. Seu aroma é de malte tostado, café, condimento(?).
Na boca, uma explosão!!!!
Malte tostado, apimentada (menos do que a versão blond), café, gosto de tempo antigo.
Leffe brune é uma cerveja complexa. Teor alcoólico: 6,5%

Curiosidade: na etiqueta de importação que a Ambev coloca na garrafa, diz que entre seus ingredientes há "cereais não malteados" na fórmula. No Brasil isso se traduz em milho e/ou arroz, usados para baratear o processo. DUVIDO que esse seja o caso da Leffe e mais, duvido até mesmo que esses tais cereais não malteados componham a fórmula dessa belíssima cerveja. Seu rótulo original só diz que "contém malte".

É achada por R$ 4,58 a long neck no Mundial e vale cada centavo.