quinta-feira, 7 de julho de 2011

Caracu

A cerveja de hoje é fácil. Quem nunca topou com esse touro pela frente e suas receitas, não esteve no Brasil.
A Caracu é uma das mais antigas cervejas do país e outra que em dado momento foi encorporada pela Ambev.
Lançada em 1899 (!!) foi a primeira cerveja tipo Stout da América Latina.
Desde 1996 vem passando por renovação de sua marca na mídia. Apesar de ser achada em qualquer rincão do país, não é costume, pelo menos aqui no Rio de Janeiro, acharmos um bar onde tenha mais de uma pessoa bebendo-a.
Ouvia-se muito que era bom para mães de recém-nascidos tomar Caracu porque ajudaria na produção de leite. Isso já foi posto abaixo. No entanto, receitas culinárias com Caracu são bem comuns e a própria marca vai oficializar em breve as mesas e incentivá-las através da distribuição de folhetos.

Ela é uma Sweet Stout, uma variação mais adocicada do tipo. Super escura, como toda stout deve ser, e mantendo a marca da torrefação do malte peculiar também do estilo, Caracu é uma boa pedida quando estamos em meio aos líquidos mais comerciais do Brasil que ousam chamar-se por cerveja.
Não é a melhor das stouts e não é puro malte, uma vez que é elaborada com milho ou arroz em sua composição. Mas é uma cerveja interessante.
Cheiro forte de malte torrado e doce, café ao fundo. Aparência da espuma é volumosa, marrom e densa, mas não persiste tanto no copo. Média carbonatação. Na boca vai do doce ao amargo do malte torrado rapidamente. Sua graduação alcoólica é de 5,4%. Boa para o inverno.
De fato, se não gosta de cerveja escura, mas quer aprender a tomá-la, não inicie por essa ou por nenhuma outra stout. Prefira uma lager estilo dunkel.

sábado, 18 de junho de 2011

Chope Bamberg Helles



Pessoal, hoje tomei um excelente chope. O Bamberg Helles está sendo vendido no Boteco Colarinho em Botafogo - RJ. Tenho que fazer a propaganda mesmo sem ganhar nada por isso, aparentemente. Na verdade, a cidade ganha quando aposta na diversidade. Não aguento mais ver somente chope da Brahma e Itaipava pela cidade como se só existissem esses.

O chope Bamberg Helles me lembrou o que chamamos de cerveja. Seu gosto é tudo que o bom bebedor espera do gosto da cerveja clássica. Bom aroma de malte, refrescante, leve amargor na boca e persistência. Após tirar minhas conclusões, achei o blog da bamberg e lá estava escrito que as Helles são as cervejas mais técnicas e que talvez tenham sido as primeiras lagers, antes mesmo das pilsen, o tipo preferido de lager do brasileiro.
Estava tudo então explicado. Aquela era a cerveja ideal. Minha ideia do que é esse líquido passa pelo didatismo de Bamberg Helles, a cerveja sem conservantes (chope).

sábado, 7 de maio de 2011

Leffe Brune [Belga]


Hoje vamos falar de #cervejadeverdade, aproveitando que ontem foi o dia do movimento cervejeiro no twitter. Falo da Leffe entre outras razões porque hoje em dia a achamos facilmente em mercado, pelo menos aqui no Rio de Janeiro. O motivo disso é pelo fato dela ser importada pela Ambev.

A Leffe é uma cerveja de abadia, ou seja produzida (pelo menos foi durante muito tempo) por monges. Fundada em 1240 (!!!), leva portanto, o nome da Abadia de Leffe.
É produzida até hoje com a MESMA RECEITA! E é a cerveja tipo abadia mais consumida no mundo. Não há filtragens a - 2°, não há efeito "baiacu" como querem inventar agora, não há palhaçada alguma. A única coisa que há é malte, água e lúpulo. Essa é a receita que desde o século XIII está fazendo sucesso. O Brasil ainda era só dos índios nessa época, minha gente! Faz tempo, hein?!

A Leffe Brune tem um visual fantástico no copo. Sua espuma densa não dissipa com facilidade. Há um tom marrom caramelado levemente puxado ao vermelho escuro lindo. Seu aroma é de malte tostado, café, condimento(?).
Na boca, uma explosão!!!!
Malte tostado, apimentada (menos do que a versão blond), café, gosto de tempo antigo.
Leffe brune é uma cerveja complexa. Teor alcoólico: 6,5%

Curiosidade: na etiqueta de importação que a Ambev coloca na garrafa, diz que entre seus ingredientes há "cereais não malteados" na fórmula. No Brasil isso se traduz em milho e/ou arroz, usados para baratear o processo. DUVIDO que esse seja o caso da Leffe e mais, duvido até mesmo que esses tais cereais não malteados componham a fórmula dessa belíssima cerveja. Seu rótulo original só diz que "contém malte".

É achada por R$ 4,58 a long neck no Mundial e vale cada centavo.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Itaipava pode vender em latas vermelhas: Liminar cassada.


A briga da Ambev com a Cervejaria Petrópolis por conta da cor vermelha nas latas de Brahma e Itaipava ganha mais um capítulo.
A Ambev acusa a Itaipava de plagiar a nova lata da Brahma. A Cervejaria Petrópolis diz que sua lata veio primeiro em edição limitada e ainda alega que não há nenhuma inovação em fazer cervejas com latas vermelhas. Prova isso mostrando um monte de cervejas com latas vermelhas mundo a fora.

Leia na íntegra nota divulgada no site do Grupo Petrópolis:


Liminar foi cassada no final da semana passada; Justiça nega concorrência desleal e plágio

A Juíza Natasha Maculan Adum Dazzi, da Decisão da 3ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, cassou a liminar que proibia o Grupo Petrópolis de vender Itaipava em latas vermelhas. De acordo com a decisão, “não houve concorrência desleal” uma vez que “não há nenhuma inovação por parte da autora (Ambev) em usar vermelho em sua campanha para lançamento da nova lata”. “Inúmeras outras cervejas produzidas pelos mais diversos fabricantes há muito se utilizam da cor vermelha em suas embalagens”, diz a sentença baseada, sobretudo, em fotos e imagens fornecidas pelo Grupo Petrópolis.
Ainda de acordo com a sentença, o que motivou a cassação da liminar foi que todo o material de divulgação da ré (Grupo Petrópolis) para sua cerveja, inclusive guarda-sol, freezers, cadeiras e mesas a cor preponderante sempre foi o vermelho.

Entenda o caso
Setembro de 2010: o Grupo Petrópolis lança uma edição limitada de latas comemorativas ao campeonato de stock car.
Dezembro de 2010: Encerra-se a produção de latas vermelhas.
Janeiro de 2011:
- Ambev entra com ação contra o Grupo Petrópolis alegando plágio de cor.
- Justiça expede liminar proibindo Petrópolis de vender latas vermelhas.
- Petrópolis entra com embargos de declaração, pedindo que a Justiça informasse o prazo para que as latas fossem retiradas dos estoques nos mercados
Fevereiro:
- Petrópolis contesta a ação principal
Justiça determina prazo de 60 dias para que as latas saiam de circulação.
Abril:
- Justiça cassa liminar e admite possibilidade de dano reverso contra Ambev.
Sobre o Grupo Petrópolis
Fundado em 1994, o Grupo Petrópolis produz as marcas Itaipava, Crystal, Petra, Lokal, Black Princess, Weltenburger, TNT Energy Drink e a vodca Blue Spirit Unique é o terceiro maior do setor no Brasil. A empresa tem ampliado constantemente a sua participação no mercado brasileiro de bebidas com investimentos na qualidade de seus produtos e em equipamentos com tecnologia de ponta, mão de obra especializada, além da implementação de uma eficiente rede de distribuição.

Não seria melhor, ao invés de se preocuparem com as latas, preocuparam-se com o que vem dentro????

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Cerveja Sol



Depois de dias de muita chuva no Rio de Janeiro, resolvi experimentar uma Sol.

Lembra aquela mexicana da long neck transparente? Pois era para ser a mesma, só que desde sempre produzida aqui. Trazida pela FEMSA.
Tudo bem, não há nada de mal nisso. Copia-se a receita e pronto.
Só que quase sempre quando uma cerveja importada passa a ser produzida aqui, "adapta-se" a receita para o gosto brasileiro, esse é o discurso das cervejarias.
Fico me perguntando, se a cerveja vai ser trazida, não deveria ser a original? Outra: qual o gosto do brasileiro? Que brasileiro? Quando se modifica a receita, não se está fazendo outra cerveja?

Enfim, essas questões "bierlosóficas" me assolam. Mas vamos que vamos.

A Sol no copo faz pouca espuma e dissolve-se a mesma por completo em menos de 2 minutos. Não é privilégio dela esse defeito, TODAS as cervejas de preço do mercado brasileiro são assim.
Seu aroma é irrisório, quase nada, mas pelo menos não cheira a metal ou ovo. Persistência no paladar quase zero.

Na boca, uma cerveja muito simples, sem muito gosto, sem muita emoção.
Quero deixar isso bem claro, TÃO SEM GRAÇA OU ACEITÁVEL EM DIAS MUITO QUENTES DEPOIS DO FUTEBOL COMO A GRANDE MAIORIA DAS CERVEJAS DE PREÇO.

Aí se alguém me perguntar, "pô, fez essa postagem para quê?", eu respondo:
Para mais uma vez afirmar o quanto nossas cervejas de preço são mal produzidas e também para dizer que esse preconceito bobo acerca de outras cervejas que não sejam as de preço da Ambev, tratadas como filé mignon, é pura besteira.
Se você toma Brahma, Antárctica, Skol, Bavária (FEMSA) numa boa, pode tomar a Sol pq a diferença é NENHUMA!!!!

ESQUEÇA AS PROPAGANDAS, CONCENTRE-SE NO GOSTO.

Saúde.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Itaipava Premium. Quão premium?


Resolvi experimentar mais uma daquelas figurinhas fáceis do mercado. Ninguém tem muitos problemas em achá-la. A Cervejaria Petrópolis tem uma distribuição tão boa quanto as outras grandes marcas nacionais e já que ela está em todo lugar, dever nosso beber pelo menos uma vez.

E foi o que fiz, a Itaipava Premium está no Cerve Já.

No copo ela é uma cerveja menos pálida do que sua irmã menos favorecida. É de carbonatação intensa, ou seja, fica aquela impressão de ter mais gás. No entanto, é como se as bolhas de gás fossem um pouco mais agressivas às papilas da língua do que em cervejas que no popular diriam, "mais leve". Mas não se enganem, é uma lager ou, como preferem os brasileiros, uma pilsen. Não tem nada de pesado nela fora essa impressão.

Tem leve aroma de malte, mas poderia ser melhor. Na boca, gosto brando de cerveja. Vamos lá, a Itaipava original não tem gosto de nada!! Já é uma evolução.

O rótulo "premium" é exagerado. A única coisa que ele quer dizer, na minha opinião, é que ela é melhor que a Itaipava comum. Está mais à favor do marketing do que da verdade.
Em sua composição estão os cereais não malteados, ou seja, milho e/ou arroz.

A minha avaliação da Itaipava premium é que deveriam tirar o rótulo premium dela e vendê-la só como Itaipava. Talvez dessa maneira, ela ganhasse um pouco mais mercado concorrendo junto às demais cervejas de preço.

É mais uma cerveja para se beber em dias de muito calor e sem maiores compromissos com a bebida.

sábado, 16 de abril de 2011

Opa Bier Pilsen

Estive recentemente em Florianópolis e fiquei surpreendido pela variedade de cervejas disponíveis em mercados e bares. Lá no sul parece que os brasileiros não estão submetidos à ditadura da cerveja. As cervejas mais comuns e comerciais são só mais algumas na imensidão de marcas e gostos disponíveis ao apreciador da bebida, o que é ótimo. A concorrência eleva a qualidade do produto e força o preço para baixo.

E foi desse jeito que eu descobri a Opa Bier Pilsen, uma american lager deliciosa de Joinville.
Comprei em um mercado  ao preço de R$ 3,79 (tive que recorrer ao site do mercado agora!), valor de mercado das cervejas super premium em sua versão long neck.

A Opa Bier Pilsen é leve, bastante aromática e de sabor abiscoitado. Tem 4,6% de álcool e caiu muito bem em uma saída fotográfica, pois proporcionava a leveza que o momento pedia.

A curiosidade fica por conta do mestre cervejeiro da empresa que é carioca e tem passagem pela Ambev. 


Outro dia, andando pelo Plaza shopping de Niterói, deparei-me com a Opa Bier sendo vendida em um quiosque de cervejas especiais. A long neck custava R$ 9,90!!! 
Quem a traz para o Rio é a Balkonn Soluções em Alimentos e Bebidas Ltda. Alô aí pessoal da Balkon!!! Querem popularizar ou elitizar a bebida?


Espero que todos possam bebê-la um dia. Ótima pedida!!!!!

sábado, 29 de janeiro de 2011

Estudo confirma que é mito a tal "barriga de cerveja".

Saiu essa semana em algumas publicações(eu li no Metro Rio) que um estudo revelou ser um mito que cerveja dá barriga.
Pois é, o que constatou-se é que grandes bebedores de cerveja têm péssimos hábitos alimentares e isso sim dá barriga.

O estudo ainda afirma que a cerveja em quantidade moderada (500ml/dia) é benéfica ao organismo protegendo inclusive contra o diabetes.


Então já sabe, né? Beba menos e beba melhor. Em vez de comprar um monte daquela cerveja barata e mal feita, compre uma de melhor qualidade e saiba que, além de tudo, estará fazendo um bem a sua saúde!!

À nossa!

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Baden Baden Stout - A cerveja Imperial.

Boa noite a todos amigos.

Hoje vamos falar de uma vencedora. Um pódio brasileiro que deveríamos no orgulhar. A Baden Baden Stout foi medalha de ouro em 2008 no European Beer Star na categoria Dry Stout. Vamos ser mais claros para que todos possam entender. Concurso europeu, ou seja, lá nasceu e de lá vêm as melhores do mundo ainda hoje. O estilo Stout é irlandês e há uma infinidade de marcas famosas e que vendem aqui por importadoras a um preço altíssimo uma lata. E nós fomos premiados por fazer esse tipo de cerveja. Em 2008, a nossa Baden Baden foi a melhor.

Vamos à cerveja.

É uma cerveja gourmet, ou seja, cerveja para ser degustada comendo. Claro que não só, mas ela te dá essa opção.
O fabricante, te dá algumas opções no rótulo como pratos condimentados, ostras e receitas à base de chocolate. Chocolate?
Pois é, uma stout é um estilo super denso, amargo e cheio de personalidade. Se quiser comer alfaces tomando ela, vai fundo, mas não conseguirá degustar as suas mimosas folhinhas porque esse tipo de cerveja vai massacrá-las!
Precisará de uma comida de gosto denso também para equilibrar.
O aroma dela é chocante! Super presente e delicioso. Lembra muito café. Na boca, o malte torrado vai fazer vc ir à lua. Se nunca tomou uma stout (nem toda cerveja preta é stout) pode ser que estranhe da primeira vez pq em nada parece com a loura dos cabelinhos brancos que tomamos no bar.
O gosto é de café, com retrogosto de chocolate amargo e persistente.

Eu a provei comendo Sonho de Valsa e ficou ótima!!
Agora, quem imaginaria poder beber cerveja com bombom? rs

Cuidado com o teor alcoólico dela. São 7,5% de álcool. Se não tomar cuidado, ela te derruba.

Saúde!!